lunes, 4 de febrero de 2019

Lápices que sólo sirven para escribir ideas embotadas

"é como se estivessem despidos, sem ideias"
© Ilkhi, 2019

En la novela histórica-biográfica, Fernando Pessoa - O Romance, narrada en primera persona por la escritora Sónia Louro, hay un momento en el que cuenta las preferencias que Fernando Pessoa tenía en lo referido al uso de los lápices.
Gosto dos lápis aparados nas duas extremidades e lembro-me que talvez exista alguma ordem natural aqui posta em causa con este meu gosto. Mas eu detesto quando o bico do lápis se torna grosso  a meio de uma ideia. É como se a ideia se vulgarizasse à medida que as letras que a apontam engrossam. Também não gosto de lápis novos. Neste caso, é como se estivessem despidos, sem ideas. Os lápis usados têm a madeira impregnada das minhas ideias anteriores, das que eles já tinham escrito e das que adivinham que eu escreveria.
Las últimas palabras que escribió Fernando Pessoa el 29 de noviembre de 1935 las escribió en inglés con un lápiz bien afilado: "I know not what tomorrow will bring".

El sonido de un lápiz bien afilado sobre un papel no tiene nada que envidiar a la Sonata Nº 1 para violín solo de Johann Sebastian Bach.

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